O termo órtese origina-se da palavra grega "Orthos" que significa direito, reto, normal. Através disso podemos definir órtese como um dispositivo exoesquelético que aplicado a um ou vários segmentos do corpo tem a finalidade de proporcionar o melhor alinhamento possível, buscando sempre a posição funcional, ou seja, a mais adequada.
O tratamento com órteses pode ser definido como a aplicação de forças externas geradas por um aparelho utilizado pelo paciente. Embora, essa força seja elaborada biomecanicamente, também apresenta implicações neurológicas significativas, que resultam dos impulsos proporcionados ao SNC.
A órtese deve ser usada como um adjunto no processo de reabilitação, de modo que, uma órtese bem indicada, cuidadosamente elaborada e apropriadamente ajustada, com freqüência favorece o tratamento terapêutico. Entretanto, devemos considerar que o programa de exercícios terapêuticos, aliado à intervenção com órteses, precisam abordar os mesmos problemas e devem ser direcionados para o mesmo resultado, tanto biomecânico quanto neurológico.
As finalidades principais das órteses, entre outras, são evitar o aparecimento de deformidades, corrigir deformidades já existentes passíveis de correção, bloquear e evitar movimentos anormais e reduzir, por seu uso bem indicado e constante. As órteses em geral, podem atuar de três maneiras: prevenindo movimentos não desejados, estabilizando ou restringindo a linha de movimento de uma ou mais articulações; através da correção da deformidade; ou ainda através do alívio total ou parcial do peso corporal ou da articulação.
As órteses são dispositivos que auxiliam o membro acometido durante a reabilitação da mão. Elas controlam, preservam, modificam e aumentam a mobilidade com o intuito de corrigir desvios e contraturas articulares, retrações tendinosas; atendendo a casos traumatológicos (fraturas, por exemplo), reumatológicos (artrite reumatóide e tendinites) e neurológicos (paralisia cerebral). As órteses proporcionam tratamentos menos dolorosos, mais modernos e períodos de recuperação muitas vezes mais curtos, possibilitando um retorno mais rápido ao trabalho e às atividades de vida diária como digitar, escovar os dentes ou pentear os cabelos, devendo estar associadas aos exercícios e atividades terapêuticas, proporcionando um tratamento mais satisfatório.
Os tipos de órteses variam de acordo com a necessidade do paciente. Existem as estáticas, estáticas seriadas, estáticas progressivas, articuladas (utilizadas para posicionamento do membro), as dinâmicas (utilizadas para o fortalecimento de músculos) e as funcionais (as quais devem ser prescritas após uma avaliação criteriosa das atividades de vida diária do paciente). Quanto à classificação, as órteses podem ser pré-fabricadas, que são feitas em série, ou serem confeccionadas sob medida pelo terapeuta ocupacional respeitando as características anatômicas individuais.
Após sua confecção, faz-se necessário um acompanhamento com observação criteriosa do terapeuta ocupacional quanto à melhora do padrão funcional com o uso da órtese e a opinião do paciente (quando possível) ou familiar quanto ao benefício obtido.
Ao se confeccionar uma órtese existem considerações anatômicas que devem ser respeitadas, por exemplo, os arcos e as pregas palmares, as estruturas ósseas, nervos e ligamentos. As articulações nunca devem ser imobilizadas sem necessidade para que não aja limitação da função da mão.
As órteses sempre devem ser individuais, sempre relacionadas a um programa de exercícios e atividades, ajustes constantes devem ser feitos.
Espero que você tenha gostado do texto.
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