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Saiba tudo sobre Fratura do Punho





A articulação do punho é formada pelos dois ossos do antebraço (rádio e ulna), onde se apóiam 2 fileiras de pequenos ossos que formam a base para a saída dos dedos.

Este conjunto todo é conectado por uma série de fibras chamadas ligamentos e tem a função de permitir o movimento de flexão e extensão, desvio para um lado e para o outro e rotação, permitindo que posicionemos a mão para as suas inúmeras funções.

Ao sofrermos uma queda, em geral, temos o reflexo de nos protegermos com a mão espalmada. Isto faz com que todo o peso caia sobre o punho.

De acordo com vários fatores, tais como: o jeito que caímos, altura da queda, resistência do osso ( a osteoporose costuma deixar a região do punho mais porosa) ocorre um tipo de fratura no punho. Algumas mais simples outras em vários fragmentos, como um copo que se despedaça no chão.

Todos nós estamos sujeitos a esta fatalidade, as crianças que caem no playground, os jovens que caem praticando esporte, e os idosos que caem em casa.

Em geral, com a fratura ocorre um desvio dos fragmentos para o dorso, associado com um achatamento do rádio, acarretando a deformidade e o inchaço pelo sangramento do osso quebrado.

Existem alguns casos onde o osso perfura a pele - trata-se de uma fratura exposta - algo que requer um tratamento de urgência, com adequada limpeza, para evitarmos infecção no osso.

Em outros casos pode ocorrer a compressão dos nervos que passam em direção á mão pelos fragmentos ósseos, causando diminuição de sensibilidade na ponta dos dedos.

Na avaliação inicial de uma fratura é importante detectarmos na radiografia se a fratura atinge a articulação. As fraturas intra-articulares merecem uma atenção especial, pois o mínimo degrau entre os fragmentos vai atrapalhar a correta movimentação do punho.

O próximo aspecto que devemos nos ater é o quanto o rádio encurtou – se ele grudar mais curto que o osso vizinho vai prejudicar o movimento de rotação e causar dor por impacto da ulna que ficará saliente.

As fraturas sem desvio são tratadas com imobilização gessada. É importante que a imobilização, pelo menos no começo, bloqueie o cotovelo para evitar a rotação do antebraço.

Nas fraturas com desvio é importante realizarmos a redução dos fragmentos da fratura. Na situação ideal isto deve ser realizado no centro cirúrgico sem sentir nenhuma dor e com a musculatura relaxada. Coloca-se a região fraturada sob a visão de um aparelho de radioscopia (que permite a visualização dinâmica da fratura em um monitor de televisão) possibilitando a redução adequada dos fragmentos da fratura.



Existem casos onde não conseguimos reduzir a fratura pela presença de algo interposto entre os fragmentos ósseos (tendão, músculo, ligamento...). Nestes casos devemos abrir e retirar o que está impedindo a redução.

Existem as fraturas que reduzidas, permanecem no lugar (fraturas estáveis). No entanto, existem fraturas que são reduzidas e não param no lugar (fraturas instáveis) devendo, portanto, serem reduzidas e fixadas no lugar de alguma forma para assegurar uma perfeita consolidação do osso.

Atualmente temos dois métodos principais:

A fixação com pinos (também chamados de fios de aço) que pode ser realizada por um furinho através da pele – fixando os fragmentos ósseos. Trata-se de um método bastante utilizado em fraturas do punho instáveis em crianças. Tem a vantagem de ser pouco invasivo e manter a redução da fratura enquanto o organismo do paciente vai providenciando a consolidação. Após o período de aproximadamente 06 semanas, quando a radiografia de controle assinala que o osso já “grudou” eles são retirados. A desvantagem é que eles não são muito resistentes sendo necessário manter a imobilização incluindo o cotovelo.

A fixação com placa e parafusos é um método que vem se destacando por proporcionar uma fixação bastante rígida dos fragmentos, permitindo a movimentação mais precoce, cerca de duas semanas após a cirurgia retiram-se os pontos e utiliza-se apenas uma “órtese” com velcro imobilizando somente o punho. Tem a vantagem de possibilitar uma reabilitação mais precoce, evitando rigidez da articulação e atrofia da musculatura. Produz uma cicatriz de certa forma oculta na face palmar do punho (o lado social da mão é o dorso ).


Seja qual for o método escolhido, o objetivo é restaurar a função do punho com boa amplitude de movimento e recuperação da força.
Espero que você tenha gostado do texto.

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