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Fratura de Smith






Introdução

Esta fratura foi descrita pela primeira vez, em 1847, por Smith que escreveu: "I can not speak with accuracy as the anatomical characters of the injury, having never had an oppurtunity of examining after death the skeleton of the forearm in those who had during life met with this accident". Trata-se de uma fratura da extremidade inferior do rádio com deslocamento palmar do fragmento radial distal e deslocação da articulação radiocubital distal. A fratura é provocada por uma queda no dorso do punho flectido.


Anatomia do punho

Um grande número de articulações está presente na região da mão.

O punho é uma articulação radiocarpal, classificada como uma articulação elipsóide, com dois graus de liberdade de movimento. A superfície articular do rádio é côncava, e inclui um disco articular localizado próximo a ulna, exatamente para completar essa concavidade, preenchendo o espaço criado pela ausência de superfície articular entre a ulna e os ossos do carpo. As superfícies articulares do escafóide e do semilunar são convexas para corresponder à concavidade do rádio.

Os movimentos de abdução e adução ocorrem na articulação radiocarpal ao redor de um eixo que passa pelo capitato, sendo que o desvio em direção a ulna (adução) é aproximadamente o dobro do desvio em direção ao rádio.

Uma parte do movimento de extensão e flexão do punho ocorre na junta radiocarpal, e o restante na junta mediocarpal (entre as fileiras proximal e distal dos ossos carpais). Dessa forma, o eixo para os movimentos de flexão e extensão do punho muda durante o arco de movimento. A maior parte do movimento de flexão ocorre na articulação radiocarpal (cerca de 50 graus), e o restante ocorre na junta mediocarpal (cerca de 35 graus). Inversamente, a porção principal do movimento de extensão ocorre na articulação mediocarpal, com contribuição menor da radiocarpal.

 



>> Movimentos na articulação do punho

A articulação do punho permite movimentos em dois planos:

1. Flexão-Extensão no plano sagital.
2. Desvio Radial-Cubital no plano frontal.

Uma combinação destes planos permite a elevada amplitude de movimentos do punho.

* Desvio Cubital: Dobrar o punho no sentido do dedo menor

* Desvio Radial: Dobrar o punho na direcção do dedo polegar

* Extensão do punho (ou flexão dorsal): Dobrar o punho para cima e para trás (no sentido da face dorsal da mão)

* Flexão do punho (ou flexão palmar): Dobrar o punho para baixo (no sentido da face palmar da mão)

* Postura neutra

* Pinça polegar-indicador

Os quatro primeiros movimentos são designados por movimentos extremos quando ocorrem na sua amplitude máxima.


Fratura Radial Distal

A hiper-extensão forçada causa a maioria de fraturas do pulso. O radio é o osso o mais geralmente fraturado no corpo.

Estas fraturas ocorrem geralmente em conseqüência do uso do braço para amparar uma queda.

As fraturas do Escafóide (o osso carpal o mais freqüentemente ferido) ocorrem mais freqüentemente em indivíduos atléticos novos do que as fraturas radiais.

 


Epidemiologia

A fratura radial distal compõe 17% de todas as fraturas tratadas nas emergências. Têm uma distribuição bimodal com picos pediátricos e geriátricos.


Tipos de Fraturas

 

A: Fratura de Coles

B: Fratura de Smith

C: Fratura de Barton



Fratura de Smith

Uma flexão e uma fratura da extremidade mais baixa do raio, com deslocamento para frente do fragmento mais baixo.

Naturalmente não é sempre como fácil de diagnosticar uma fratura quando há quase nenhum deslocamento, ou como na imagem.

 

Fratura de Smith


 

Incidências póstero-anterior (A) e lateral (B) do antebraço distal mostram o aspecto típico da fratura de Smith. O deslocamento palmar do fragmento é claramente evidente na incidência lateral.


Classificação

Há muitos sistemas de classificação para fartura radial distal. Somente um destes é relevante (a classificação universal de fraturas de Coles).

A classificação modificada de Thomas para fraturas de Smith: (Thomas 1957)

 

O tipo I é extremamente articular.

O tipo II cruza a superfície articular dorsal.

O tipo III entra na junção radiocarpal



Redução

A redução da fratura de Smith é conseguida com a tração longitudinal, supinação, e mantendo o pulso no ponto morto


Tratamento Fisioterápico



- Pré-Cinética

    » Crioterapia
    » Laser


- Cinética

   » Mobilização Cicatricial (pós-cirúrgico)
   » Massagem Local
   » Mobilização do punho, mão e dedos Com Thera-Band
   » Alongamento Passivo
   » Movimentos Ativos (trabalhar pronação e supinação)
   » Ganho de Arco
   » Trabalho de Propriocepção




Conclusão

O tratamento das fraturas de Smith merece atenção especial.

Após tratamento cirúrgico, poderão surgir complicações, tais como perda de amplitude de movimento, dor, edema, o que dificultará o retorno à função.

A Fisioterapia tem um importante papel no tratamento pós-operatório destas fraturas, agindo na prevenção e tratamento destas complicações, possibilitando ao paciente o retorno as suas atividades normais, em período breve, seguro e em melhor nível.


Espero que você tenha gostado do texto.

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